Almas almas minhas irmãs, cheguem cheguem, tomem lugar. A vida é curta para definições, leiam leiam essas canções.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Extinto direito de dizer
terça-feira, 6 de abril de 2010
A PROVA CONCRETA DA EXISTÊNCIA DO AMOR
Sou grão de poeira
Que vai com o vento leviano
Para novos horizontes
Para velhos ambientes
Tocados por luzes reluzentes
Que ressaltam a fraqueza de seu ser.
Sou pedra dura de arenite
Que só o rio que transborda
Transporta para praias de longos litorais
Ou fundos d’água
Ou vales verdes.
Sou leve pássaro selvagem
Ave livre e solta às correntezas
Que se preocupa em deixar o ninho
Logo após crescerem as penas.
Sou o que deveria ser
Sempre querendo ser eu mesmo
Na indecisão de ser quem quero
Ou quem para vós deveria ser.
E você...
Você é orvalho luminoso na manhã
Quando o sol oblíquo te toca
E seu reflexo sorrateiro me alcança
Entre frestas de madeira recortada.
É cheiro doce de flores novas,
Dado por pétalas coloridas
Corolários da verdadeira natureza
Da essência da vida de uma raça inteira.
É o que quero ver ao acordar
Nas quentes ou frias manhãs
Que com suas manhas naturais
Me faz sentir seu,
Pois desse mundo sou,
E esse mundo é você.
É eterno descanso de minha inquieta alma
Primitivo impulso de minha benevolência
Vontade de minhas mãos que suaves te tocam
Quando me deixa tocar sua essência.
É o contínuo moto de mim mesmo
A tortura do querer te querer
Da junção de nós, almas,
Impossível nesse mundo de matéria.
E nós...
Nós somos somente o todo,
A completude alcançada,
O fim da eterna busca pelo outro,
O fim da eterna busca por mim mesmo,
O sentido da vida e da verdade,
A prova concreta da existência do amor.