segunda-feira, 19 de abril de 2010

Extinto direito de dizer

Num momento de desabafo saiu esta poesia... Não é endereçada pessoalmente a ninguém, mas tem hora que assim me sinto na casa da sabedoria... Quem tem ouvidos para entender, entenda...

Levanto a mão,
pronto e preparado,
as palavras, minhas armas,
carregadas e polidas.
Dá o start o mongol-mor
que com sua suave ignorância
fala e desfala
não reconhecendo meu sagrado direito
de livre expressão.
O braço continua alto,
última bandeira do livre pensar,
derradeiro herói dos opinionistas,
monumento destoante no mar da indiferença.
Mas o capitão do vácuo o ignora
como se ignora o pobre louco,
como ignorei o cão faminto de manhã
(não mais passará fome, meu amigo).
Minutos passam,
somando longa espera,
subtraindo-se à minha paciência,
o braço lá continua,
antes rosado e vivo,
agora pálido e morente,
baluarte esperançoso
do extinto direito de dizer.
Quando se esvai a paciência
as pernas se flexionam
e o corpo se levanta,
deixando no falastrão e espectadores
sua característica expressão
de estupidez.
A palavra sai com desdém
de minha garganta que queima
- Professor
Título indvido, porém obrigatório.
Com a força consegui meu espaço.
As idéias ordenadas
saem como balas de minha boca.
Poucos sobreviverão.
A luta continuará
para que a ignorância
nunca reine em paz!

Um comentário:

  1. Rapaz... Voce deve ser insuportável na sala de aula! Deixa o professor em paz!

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